O gás de alto-forno, chamado de GAF ou BFG (Blast furnace gas) tem sua origem na reação entre minério de ferro e coque no alto-forno. Portanto o alto-forno está localizado dentro da área de redução de uma usina siderúrgica.
Composição do gás de alto-forno
O BFG tem um baixo poder calorífico devido sua alta concentração de CO2 (Gás carbônico) e N2 (Nitrogênio) conforme tabela abaixo:
Antes de mais nada vale lembrar que esses valores podem oscilar de acordo com o processo que ocorre dentro do alto-forno. Seu poder calorífico médio é de 800 kcal/m3.
A princípio é usado para combustão em regeneradores, fornos ou em termelétricas. Em termelétricas utiliza-se para combustão direta nas caldeiras ou em turbinas a gás. Em algumas plantas o gás após o alto-forno passa em uma turbina de recuperação de topo (TRT), que é acoplada em um gerador.
O BFG passa por tratamento antes de ir para o consumidor final, contudo tem uma grande quantidade de contaminantes, como o condensado segue com o gás. Nesse sentido os equipamentos e tubulações em contato com esse gás tendem a ter um desgaste prematuro.
Riscos na utilização do BFG
A princípio o gás de alto-forno mesmo tendo um poder calorífico baixo deve ser tratado com seriedade. Tem inúmeros casos de explosões com esse gás. Mesmo os consumidores possuindo válvulas para cortar o gás, deverão ter selos de água para garantir o corte do gás em caso de necessidade. Contudo para manutenções no interior de fornos e caldeiras deverão também instalar raquetes para impedir passagem de gás em caso de perda do selo.
Além disso o gás possui monóxido de carbono que é altamente nocivo aos seres humanos. Em outras palavras apresenta um risco direto a vida humana, deve-se ausentar do ambiente caso seja detectado algum vazamento e chamar o profissional responsável.
Graduando em Administração pela Faculdade Cruzeiro do Sul, Curso Técnico em Eletrotécnica. Mais de 10 anos de experiência em operação de termelétricas.
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